Val Marchiori, em tratamento contra câncer, denuncia negativas de cobertura e pressiona planos de saúde por mudanças
Em meio à batalha contra um câncer de mama, Val Marchiori levou à Câmara dos Deputados um relato contundente sobre as dificuldades enfrentadas por pacientes na saúde suplementar. A empresária participou, nesta terça-feira (9/12), de uma sessão da Comissão de Saúde e descreveu episódios de negativas de cobertura justamente no momento em que mais precisava …
Em meio à batalha contra um câncer de mama, Val Marchiori levou à Câmara dos Deputados um relato contundente sobre as dificuldades enfrentadas por pacientes na saúde suplementar. A empresária participou, nesta terça-feira (9/12), de uma sessão da Comissão de Saúde e descreveu episódios de negativas de cobertura justamente no momento em que mais precisava de amparo.
Segundo contou, ao receber o diagnóstico, acreditava que teria todo o suporte do plano para realizar uma cirurgia urgente. No entanto, foi surpreendida com a exigência de que arcasse com quase 80% dos custos do procedimento. “Eu tive como pagar, mas e quem não tem?”, declarou, destacando que as recusas ferem o paciente “no bolso, no corpo e na alma”.
Durante a audiência, parlamentares e especialistas chamaram atenção para o cenário crescente de judicialização. Embora um quarto dos brasileiros dependa da saúde privada, os dados apresentados mostram que o lucro das operadoras segue aumentando — só no primeiro semestre de 2025, o desempenho financeiro do setor já ultrapassava todo o resultado de 2024. Ao mesmo tempo, dispararam as queixas de usuários que tiveram tratamentos negados.
Especialistas ouvidos na comissão afirmaram que muitas recusas são feitas com base em auditorias terceirizadas, sem avaliação médica adequada, criando um ciclo de obstáculos para quem busca atendimento rápido e eficiente.
Val defendeu com firmeza que as empresas sejam responsabilizadas por decisões que atrasam ou impedem terapias essenciais. “Muitas vidas são perdidas por causa de negativas, atrasos e burocracias que empurram o tratamento para depois — e, muitas vezes, esse ‘depois’ não chega”, lamentou.

