GUERRA NOS BASTIDORES DA “BOIADEIRA”: INVESTIGAÇÃO EXPÕE DISPUTA ENTRE EQUIPE DE ANA CASTELA E AGESNER MONTEIRO
Nos bastidores da ascensão meteórica de Ana Castela, uma disputa silenciosa — agora judicializada — revela um cenário bem menos glamouroso do que a imagem pública da artista sugere. No centro da controvérsia está o empresário e investidor Agesner Monteiro, responsável pelos primeiros aportes financeiros e estruturais que permitiram que a cantora iniciasse sua trajetória …
Nos bastidores da ascensão meteórica de Ana Castela, uma disputa silenciosa — agora judicializada — revela um cenário bem menos glamouroso do que a imagem pública da artista sugere. No centro da controvérsia está o empresário e investidor Agesner Monteiro, responsável pelos primeiros aportes financeiros e estruturais que permitiram que a cantora iniciasse sua trajetória profissional. Hoje, porém, ele afirma ser alvo de tentativas de apagamento de seu papel na história da artista.
A disputa ganhou contornos mais graves após a apresentação de documentos oficiais, atas notariais e decisões judiciais que apontam para condutas atribuídas ao empresário Rodolfo Bomfim Alessi, da AgroPlay, empresa que atualmente administra a carreira de Ana Castela. Segundo uma ata anexada ao processo, Rodolfo teria enviado mensagens de forte pressão ao DJ Lucas Beat, artista vinculado a Agesner, exigindo a retirada de músicas das plataformas digitais e impondo condições financeiras consideradas abusivas.
A magistrada responsável pelo caso classificou o conteúdo das mensagens como potencialmente configurador de chantagem e extorsão, encaminhando os fatos ao Ministério Público, que agora apura se houve prática criminosa.
Além disso, diversos argumentos apresentados por Rodolfo no processo foram rejeitados pela Justiça, que apontou falta de pertinência, excesso, preclusão e possíveis tentativas de tumulto processual, o que elevou ainda mais a tensão entre as partes.
Enquanto a situação se desenrola, Ana Castela mantém silêncio absoluto. Para profissionais do mercado consultados pela reportagem, essa postura é vista como “estrategicamente conveniente”, já que as controvérsias — se confirmadas — beneficiariam exclusivamente sua estrutura atual, reforçando o controle do novo núcleo empresarial sobre a artista. A ausência de manifestações públicas também gera questionamentos sobre o quanto a cantora conhece ou aprova as articulações atribuídas ao seu entorno.
Do outro lado, Agesner Monteiro segue apresentando documentos, registros e provas que, segundo ele, demonstram sua participação legítima no início da carreira de Ana Castela. Investidor no período em que ainda não havia segurança de retorno, é apontado nos autos como a parte que manteve postura técnica e documentalmente consistente desde o início da disputa.
À medida que o processo avança e o Ministério Público soma novos elementos à investigação, o caso expõe um lado pouco conhecido do entretenimento: um campo de forças em que interesses econômicos, pressões internas e tentativas de domínio narrativo moldam — e frequentemente distorcem — os bastidores de carreiras de grande visibilidade.
No centro dessa trama, permanecem três posições distintas:
Rodolfo, acusado nos autos de articular pressões;
Ana Castela, beneficiária silenciosa das manobras questionadas;
e Agesner Monteiro, o investidor inicial que tenta impedir que sua participação seja apagada da história.
O desfecho agora depende da Justiça — e da apuração do Ministério Público — que deve determinar os próximos capítulos dessa disputa que, pela primeira vez, sai dos bastidores para a luz pública.

