Giulia Costa relembra momento de autossabotagem após ataques ao corpo e expõe processo de cura
Giulia Costa abriu o coração ao revisitar um capítulo delicado de sua trajetória, marcado pela pressão estética e pela violência virtual. Em conversa recente no podcast Não é por Akhaso, a atriz revelou que, há cerca de dois anos, viveu uma fase de profunda rejeição ao próprio corpo após ser alvo de comentários constantes sobre …
Giulia Costa abriu o coração ao revisitar um capítulo delicado de sua trajetória, marcado pela pressão estética e pela violência virtual. Em conversa recente no podcast Não é por Akhaso, a atriz revelou que, há cerca de dois anos, viveu uma fase de profunda rejeição ao próprio corpo após ser alvo de comentários constantes sobre sua aparência.
Ela explicou que as críticas repetidas acabaram abalando sua autoestima ao ponto de influenciar diretamente seu comportamento. “Cheguei num limite em que passei a acreditar no que falavam. Me abandonei completamente. Não fazia unha, não arrumava o cabelo, não usava maquiagem… Era como se eu quisesse validar aquilo que diziam de mim”, desabafou.
O período coincidiu com a recuperação pós-cirúrgica de seu padrasto, Otaviano Costa, o que tornou o ambiente familiar ainda mais sensível. Mesmo assim, ele e Flávia Alessandra ofereceram suporte firme, insistindo para que Giulia se afastasse das redes sociais e priorizasse o bem-estar mental.
O momento decisivo, segundo ela, veio durante uma internação de Otaviano, quando assistiu ao documentário sobre Simone Biles. “Me identifiquei profundamente com o que ela viveu. Chorei muito. Foi ali que meus pais disseram: ‘chega, isso está te machucando’. E eu aceitei”, contou.
A partir daquele dia, Giulia desapareceu das plataformas digitais. Deixou o gerenciamento de seus perfis nas mãos do melhor amigo, Caio, e passou meses dedicada a viagens, convívio afetivo e a uma rotina mais leve. Manteve apenas uma conta privada, usada exclusivamente para compartilhar momentos com pessoas próximas.
Longe da pressão do público, o tratamento psicológico e psiquiátrico avançou. Ela conseguiu estabilizar crises relacionadas ao transtorno alimentar, ansiedade e depressão — temas que já haviam afetado sua saúde emocional. “Foi a fase em que mais evoluí. Fiquei meses sem episódios de bulimia ou compulsão. Eu finalmente respirava”, afirmou.
Quando decidiu retornar às redes, cerca de seis meses depois, Giulia já estava mais fortalecida e confiante, com hábitos saudáveis restabelecidos e maior controle emocional.
Hoje, ela afirma ter encontrado estratégias para preservar sua saúde mental. “Aprendi a colocar limites. Não leio comentários de páginas de fofoca e não abro postagens sobre mim. O que não vejo não me atinge”, declarou.
Apesar de seguir em busca de equilíbrio, Giulia celebra o fato de ter superado uma das fases mais duras de sua vida — e afirma que o processo a tornou mais consciente, resiliente e conectada consigo mesma.

